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IPCA acumulado 2024: Confira o gráfico ATUALIZADO

O IPCA acumulado nos dá noção de quanto de quanto nosso dinheiro perdeu poder de compra em determinado período. Por isso, leia agora e saiba mais!

Artigo escrito por Marcos Vitor em 08 de Fevereiro de 2024

Saber o IPCA acumulado em 2024 é muito importante para fazermos uma análise relativa de nosso investimentos e descobrirmos nossa rentabilidade real.

Para isso, vamos descobrir quanto esse índice acumulou nos últimos anos e, assim, ter noção do seu impacto em nossas finanças. Então, vamos nessa?

VEJA TAMBÉM: Tabela IPCA 2024 – Confira os valores desde 1990!

IPCA acumulado 2024

Até o mês de janeiro de 2024, que é o mês da última divulgação do índice, o IPCA acumula 0,42% no ano e também 4,42% nos últimos 12 meses.

A seguir, temos um gráfico com o desempenho do IPCA desde o Plano Real, em 1994, até janeiro de 2024. No período em questão, o IPCA acumulado foi de 693,41%.

O que é IPCA acumulado?

O IPCA acumulado é o resultado da variação do índice ao longo de determinado período.

O índice de preços é divulgado mensalmente, então é possível calcular o acumulado do IPCA a partir de dois meses.

Contudo, normalmente, se calcula o índice acumulado nos últimos 12 meses e no ano corrente.

Por exemplo, se quisermos saber quanto acumulou do últimos bimestre, precisamos considerar a variação do índice mês a mês e multiplicá-las. Veja a seguir:

Suponha que no mês 1 o IPCA foi de 1,2% e no mês 2 de 0,98%. Portanto, vamos calcular da seguinte forma:

[(1 + i1)(1 + i2) – 1] x 100, logo, segundo nosso exemplo:

= [(1 + 0,012)(1 + 0,0098) – 1] x 100

= [1,0219 – 1] x 100

= 0,0219 x 100

= 2,19%

Ou seja, se “somarmos” a variação dos dois meses, o IPCA acumulado será de 2,19%.

Por fim, você pode conferir o IPCA acumulado entre duas datas através da calculadora do IBGE. Dessa forma, você poderá ter noção de quanto seu dinheiro perdeu valor em determinado período.

O que é IPCA?

No Brasil, o índice oficial de preços é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), por isso ele serve como referência para as metas de inflação e para as mudanças na taxa de juros.

Além disso, ele é divulgado mensalmente pelo IBGE por volta do 10º dia do mês posterior. Ou seja, o índice de maio será divulgado em junho.

O objetivo do IPCA é medir a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população para que seja possível saber quanto variou o custo de vida.

Contudo, o cálculo do índice segue uma metodologia para que essa aferição seja a mais próximo da realidade possível.

Metodologia do cálculo do IPCA

O cálculo é feito pelo IBGE, que verifica o que a população consome e quanto da renda familiar é gasto em cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre outros.

O índice, portanto, leva em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias.

Contudo, não são todas as famílias que entram nessa medição.

Isso porque, o IPCA mede a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários-mínimos, que estão localizadas nas 13 maiores áreas urbanas do país.

Ademais, o IBGE faz um levantamento mensal de, aproximadamente, 430 mil preços em 30 mil locais.

Assim, todos esses preços são comparados com os do mês anterior, resultando em um valor médio que reflete a variação geral do custo de vida do consumidor no período.

A seguir, você pode conferir algumas categorias de gastos e quanto cada um representa na medição do IPCA.

Setor% de composição do IPCA
Alimentação20,69%
Habitação15,54%
Artigos3,79%
Vestuário4,39%
Transporte19,82%
Saúde13,40%
Despesas Pessoais10,54%
Educação6,05%
Comunicação5,74%
Composição do IPCA

Como a inflação afeta seus investimentos

Pense o seguinte: R$ 1 milhão hoje vale a mesma coisa que R$ 1 milhão há 20 anos? Não, não vale.

Com o tempo, a inflação foi corroendo o poder de compra da nossa moeda, fazendo, assim, com que R$ 1 milhão hoje compre muito menos do que há duas décadas.

Desde 2000 até hoje, o IPCA acumulado está acima de 300%.

Portanto, o investidor que teve um retorno acumulado menor do que esse nesse mesmo período perdeu dinheiro, mesmo que o saldo do investimento tenha aumentado.

Isso porque, nesse caso, a inflação aniquilou o poder de compra do dinheiro mais rápido do que ele se multiplicou.

Por isso, é importante que, ao investir, você verifique qual é a rentabilidade real, isto é, aquela que está acima da inflação.

Caso contrário, você poderá cair na ilusão monetária, que é o erro de considerar apenas o retorno nominal e, assim, achar que ganhou dinheiro quando na verdade perdeu pela inflação.

Como se proteger da inflação?

Se você quiser tem um retorno real, ou seja, um retorno que seja acima do IPCA acumulado, você precisa investir em ativos que te protejam da inflação.

Por isso, vamos conhecer os principais investimentos para quem quer se proteger da inflação.

Como se proteger da inflação

Ações

Algumas empresas têm a capacidade de repassar o aumento dos seus custos para seus clientes sem perder margem de lucro.

Dessa forma, seu lucro líquido será maior, o que vai se refletir no preço das suas ações e, assim, proteger o investidor do aumento de preços da economia.

Fundos imobiliários

É sabido que o setor imobiliário tem a característica de ser uma reserva de valor para investidores no longo prazo.

No caso dos fundos imobiliários essa característica é vista de modo mais clara, tendo em vista que os contratos de locação são reajustados por índices de preço, como o IPCA e o IGP-M.

Títulos indexados à inflação

Existem títulos de renda fixa cuja rentabilidade é atrelada à inflação, como é o caso do Tesouro IPCA+.

Nesses títulos, se o investidor ficar com o título até o vencimento, ele vai ganhar a variação do IPCA acumulado no período mais uma taxa prefixada.

Fundos de investimento

Os fundos de investimentos reúnem os recursos de vários investidores para que sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro.

Nesse sentido, dentre as várias estratégias e objetivos possíveis de um fundo, existem aqueles que buscam ter um retorno acima do IPCA.

Investimentos no exterior

Investir fora do Brasil nos permite ter acesso a economias muito mais sólidas e a moedas muito mais fortes que a nossa.

Dessa forma, poderemos nos proteger da inflação doméstica investindo em países com uma inflação mesmo que a nossa.

Ouro

Historicamente, o ouro sempre valorizou acima da inflação, por isso ele é considerado a principal reserva de valor que existe.

Além disso, existem várias formas de se investir em ouro, como ETFs, ouro físico, contratos derivativos, dentre outras.

O IPCA e seu dinheiro

Como vimos, é muito importante entender o IPCA acumulado 2023 e suas implicações em nosso dinheiro e em nossos investimentos.

Contudo, além de entender, precisamos nos proteger da inflação através de ativos que tenham uma rentabilidade real ao longo do tempo.

Dessa forma, estaremos protegendo nossas finanças e nosso poder de compra e, assim, nosso padrão de vida será pelo menos preservado.

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Escrito por Marcos Vitor Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

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