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O que é risco? Conheça os tipos de riscos nos investimentos!

Quais riscos estamos expostos ao investir nosso dinheiro? Leia o artigo, descubra os tipos e como se prevenir!

Artigo escrito por Marcos Moraes em 03 de Outubro de 2023

Para investir da melhor forma e construir uma carteira eficiente, é precisa conhecer os tipos de risco e como podemos minimizá-los. 

Inclusive, Howard Marks, um dos principais investidores do mundo, disse que uma das principais causas de muitas pessoas não terem sucesso na bolsa é a falta de gestão de risco. 

Ele segue dizendo que para podermos gerenciar o risco, é necessário primeiro conhecê-lo, depois reconhecê-lo e depois controlá-lo. 

Nesse artigo, conheceremos o conceito, os tipos de risco e como podemos minimizá-los para otimizar nossos investimentos. Então, vamos nessa? 

O que é risco nos investimentos? 

Risco nada mais é do que a incerteza quanto ao futuro, é a probabilidade de acontecer outras coisas além do esperado. 

Alguns investimentos são mais arriscados do que outros. Isso porque em alguns é possível estimar com mais precisão o retorno, enquanto em outros é mais difícil. 

Pense em um título público: há uma grande probabilidade de recebermos o que foi acordado, ou seja, o valor aplicado acrescido de juros no vencimento. 

Além disso, conseguimos dimensionar qual será o parâmetro de rentabilidade do investimento. Se vai render de acordo com o CDI, de acordo com a Selic, de acordo com a inflação etc. 

Por outro lado, no investimento em ações, não sabemos qual será o retorno. Podemos multiplicar a aplicação por várias vezes ou perder tudo. 

Mas, claro nem toda ação tem o mesmo nível de risco. 

Quanto menor for a empresa, mais incerto é o seu futuro, pois ela tem chance de ser um sucesso e de ir à falência.  

É diferente de uma empresa já consolidada. A chance de ela ser o próximo sucesso é baixa, mas a chance de ela quebrar também é baixa. 

Outro ponto importante: mais risco não significa mais retorno. Se isso fosse verdade, não haveria risco. 

Na verdade, quanto maior o risco, maior deve ser a expectativa de retorno para compensar o risco adicional. Mas, não quer dizer que a expectativa vai se concretizar. 

Agora, vamos lá. Como os riscos podem ser classificados? 

Classificação do risco 

Os riscos são divididos em sistemático e não sistemático. 

  • Sistemático: afeta todo o sistema. Não há forma de o investidor evitá-lo pois está além do seu domínio. Esse risco afeta todos os investidores, mas não necessariamente no mesmo grau. 
  • Não sistemático: envolve apenas um setor ou um tipo de ativo específico. Pode ser minimizado pela diversificação ou por uma escolha mais criteriosa. 

Dentro do risco não sistemático, existem vários tipos de risco. 

Tipos de risco 

A seguir, vamos conhecer os tipos de risco não sistemáticos: 

Risco de mercado 

O risco de mercado acontece pela possibilidade de termos prejuízo por causa de uma variação negativa no preço dos ativos. 

Na maioria dos ativos do mercado financeiro, existe um mercado em que atuam as forças de oferta e demanda. 

Se a demanda for maior que a oferta, o preço sobe e vice-versa. 

Então, é possível que você compre uma ação por R$ 50,00 e depois de um tempo os preços comecem a cair porque tem mais gente querendo se desfazer daquela ação do que querendo adquiri-la. 

Risco operacional 

Esse risco está ligado a falhas na parte operacional, de tal modo que atrapalhe ou impeça uma negociação. 

Por exemplo, você vai mandar uma ordem de compra através do home broker da sua corretora e a ordem não vai, por alguma pane no sistema. 

Erros operacionais podem acontecer em qualquer instituição, entretanto quanto mais desenvolvidos forem os sistemas de uma instituição, menor será esse risco. 

Risco de crédito 

Esse risco está presente nas aplicações de renda fixa e existe pela incerteza quanto ao recebimento do valor emprestado. 

Como todo investimento de renda fixa é uma operação de empréstimo, existe um risco de não recebimento do valor aplicado, ou seja, de levarmos um calote. 

Risco de liquidez 

Liquidez é a velocidade que é possível transformar um ativo em dinheiro sem perda de seu valor. 

Pense me um imóvel. Normalmente, ele não é líquido. 

Provavelmente, você conhece alguém que tem um imóvel para vender, mas não acha comprador. Essa pessoa pode baixar o preço do imóvel para atrair compradores, mas aí ela vai vender por um valor menor do que gostaria. 

Em ambos os casos, esse imóvel do nosso exemplo não é líquido. 

Dessa forma, quanto maior for o número de compradores e vendedores de determinado ativo, menor será o risco de liquidez. 

Por outro lado, se um ativo é pouco negociado, ou será difícil vender ou será difícil conseguir um bom valor. 

Esse risco refere-se à possibilidade de descumprimento de um contrato por conter cláusulas ilegais. 

Obviamente, é obrigação das partes firmar somente acordos que obedeçam à legislação. 

Portanto, sempre verifique a reputação da pessoa ou instituição com a qual você está negociando.

Como minimizar o risco 

Vamos te dar dois conselhos para que você possa diminuir o risco em seus investimentos: 

Diversificação 

A diversificação é o ato de comprar vários ativos diferentes. Para que ela seja eficiente, é importante comprar ativos que não são correlacionados entre si. 

Por exemplo, imagine que você tem uma carteira com 10 ações diferentes. Você está diversificado? Depende. 

Se você tiver 10 ações do setor bancário, não. Pois se acontecer uma crise nesse setor, sua carteira vai derreter como um todo. 

Então, diversifique entre modelos de negócios, setores, tipos de ativos e até países. 

Estudo 

Quais empresas superar o seu crescimento nos próximos 10 anos?  

Não sabemos. Mas, podemos afirmar que as empresas com boa gestão, fonte de lucro sustentável e que estão inseridas em um setor promissor têm grandes chances de crescerem. 

Qual títulos de renda fixa corre menor risco de crédito? Aqueles de países com uma economia forte ou aqueles de instituições com boa condição de pagamento. 

Para descobrir quais são as melhores empresas, é preciso estudar, analisar, avaliar tudo que é importante daquela companhia. 

Escolher bons ativos é a melhor forma de ter uma carteira de investimentos com um bom desempenho.

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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

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