O Governo planeja aumentar as tarifas das fintechs para melhorar as contas públicas. No entanto, isso pode impactar serviços gratuitos e a inclusão financeira, deixando as contas digitais mais caras.
Eduardo Lopes, da Zetta, destaca que o custo elevado será repassado aos consumidores, encarecendo tarifas e crédito. Assim, contas isentas, por exemplo, podem deixar de ser gratuitas.
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Atualmente, as fintechs pagam alíquotas de 9%, 15% ou 20% de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Com a mudança, elas passariam a pagar 15% ou 20% sobre o lucro.
Com isso, o custo de taxação maior será repassado ao consumidor e as contas digitais podem ficar mais caras. Segundo Eduardo Lopes, presidente da Zetta, entidade que representa o Nubank e PicPay:
“Eventualmente esse custo vai ter que ser repassado na forma de tarifas. Além disso, contas isentas podem deixar de ser isentas, pode encarecer o custo do crédito, com menor oferta de crédito a populações de nível de risco mais elevado”.
Ou seja, aumentar o imposto sobre fintechs compromete a redução das tarifas bancárias e a oferta de crédito. De acordo com a ABFintechs, compromete também o acesso a contas gratuitas.
Afinal, as fintechs buscam entregar serviços gratuitos e acessíveis para o cidadão. Entretanto, com o aumento dos tributos, os modelos livres de tarifas podem ficar inviáveis.