Na terça-feira (15), a pedido do presidente Donald Trump, o Pix entrou na mira dos Estados Unidos durante uma investigação comercial aberta, junto com outros assuntos.
Apesar de não ter mencionado o Pix diretamente, Trump fez referência a “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico” no Brasil. E, hoje, o Pix é o único sistema do Governo com essa finalidade.
A hipóteses é que o sucesso do Pix está sendo visto como uma ameaça ao setor financeiro nos Estados Unidos. Para entender melhor, continue lendo o conteúdo abaixo!
O Pix é um meio de pagamento instantâneo gratuito para pessoas físicas e com custo baixo para empresas. Assim, é concorrente de operadoras de crédito americanas, como Visa e Mastercard.
As gigantes norte-americanas se construíram sobre taxas cobradas de consumidores e lojistas. Desse modo, sempre que alguém paga com cartão de crédito ou débito, as bandeiras se beneficiam.
No entanto, há cada vez mais pessoas usando o Pix e menos pessoas usando cartão para fazerem pagamentos. Com isso, menos dinheiro entra para essas empresa.
Isso se torna uma ameaça ainda maior quando instituições financeiras, fintechs brasileiras e lojistas passam a priorizar o Pix ao invés de soluções baseadas em crédito.
Com isso, há uma menor arrecadação de tarifa e perda de espaço no mercado. Assim, a preocupação se intensifica à medida que o Pix inspira iniciativas semelhantes em vários outros países.
Outro ponto que colocou o Pix no radar da investigação é o trabalho do Banco Central do Brasil (BC) para adotar, no futuro, o Pix Internacional – que já é aceito de forma limitada em alguns países.
Se isso acontecer, o Pix pode substituir os atuais sistemas caros e lentos que hoje dominam as transações entre os países. Por exemplo, o SWIFT, que é controlado em boa parte pelos EUA.
Assim, com um sistema como o Pix funcionando entre países, os EUA perderiam uma ferramenta importante de controle sobre o que acontece no mundo financeiro.
Especialistas também acreditam que a possibilidade do uso do Pix Internacional entre países do Brics, por exemplo, pode ter incomodado os EUA por ameaçar a paridade do dólar nas negociações.
Dessa maneira, compromete a supremacia do dólar no sistema financeiro global.
Outro ponto que preocupa os Estados Unidos é a velocidade com que o Pix funciona. Como é instantâneo, é mais difícil rastrear golpes e movimentações suspeitas, como lavagem de dinheiro.
É importante ressaltar que o Brasil tem regras e mecanismos de segurança para evitar isso, mas como os EUA não têm controle direto sobre o Pix, isso deixa suas autoridades desconfiadas.
Portanto, o governo americano quer entender se o sistema é mesmo seguro ou se pode facilitar crimes financeiros que cruzam fronteiras.
Além disso, o Pix representa uma transformação no cenário financeira global, desafiando o domínio de empresas americanos e abrindo espaço para modelos alternativos aos que os EUA controlam.
Por isso, a investigação das autoridades norte-americanas vai além de segurança e tecnologia, mas também é sobre poder econômico e influência global.
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