Salário mínimo em 2023: Veja quanto pode ser o aumento!

O novo governo, de Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um salário mínimo em 2023 de R$ 1.302,00, já a partir de janeiro, mas estuda formas de elevar o salário para R$ 1.320,00.

O valor previsto faz parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que aponta a quantia de R$ 1.302 para 2023, o que significa uma diferença sobre o atual de R$ 90.

Para o senador eleito, Wellington Dias, seria possível reajustar o valor em 1,4% acima dos R$ 1.302, uma diferença de R$ 108, acima da previsão orçamentária.

A equipe do presidente eleito estuda como seria possível realocar recursos do orçamento para garantir o reajuste, pois o aumento impacta nas contas públicas a quantia de R$ 6,8 bilhões.

Quem decide o valor do salário mínimo para 2023?

A responsabilidade de realizar a alteração na regra é do Congresso e deve ser realizada ainda em 2022 para ser implementada a partir de 1º de janeiro de 2023.

Caso o Congresso não realize neste período, a outra possibilidade do reajuste acontecer é após a posse de Lula e através de negociação com os congressistas. Havendo acordo, o reajuste pode acontecer a partir de 1º de maio, dia do Trabalho.

A importância do reajuste real no salário mínimo 2023

Segundo a Constituição Federal, o governo é obrigado a corrigir a cada ano o valor do salário mínimo acompanhando ao menos a inflação acumulada do ano anterior.

Isso permite que o trabalhador mantenha o seu poder de compra. Para que aconteça, é preciso que seja realizado o reajuste do novo salário mínimo para 2023 com o cálculo acima da inflação.

Em 2011, Dilma criou a lei Nº 12.382, que institui uma política de valorização do salário mínimo até 2014, que foi repetida em 2015 e estendeu a medida até 2019.

No atual governo, Bolsonaro não elaborou um projeto de lei para substituir a lei anterior, que perdeu a validade.

Reajuste realizado no governo Bolsonaro

Em 2022, Bolsonaro usou como base um INPC de 10,02%, quando o indicador ficou em 10,16% em 2021, ficando abaixo da inflação e reduzindo o poder de compra do trabalhador.

Com isso, o Brasil registrou pela primeira vez na história do plano real, um salário mínimo valendo menos.

Bolsonaro será o primeiro presidente da história da República brasileira a terminar seu período de governança com o menor salário mínimo e pior poder de compra da história da moeda.

Segundo dados da corretora Tullet Prebon Brasil, desde o lançamento do real, são 28 anos e até então, nenhum presidente, entregou um piso nacional tão desvalorizado.

Com a nova proposta do governo Lula, o aumento real pode voltar a aquecer a economia e dar poder de compra aos trabalhadores que são cerca de 38 milhões de pessoas.

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