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Quatro em cada 10 brasileiros estão negativados, aponta estudo

São total, são 62 milhões de brasileiros que estão inadimplentes, aponta CNDL/SPC Brasil

Artigo escrito por Fabiana Camilo em 22 de Julho de 2022

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) acabam de divulgar a Análise de Inadimplência Nacional de Pessoas Físicas, que estima que quatro em cada dez brasileiros adultos disseram estar negativados em maio de 2022.

Segundo o indicador, são 62,37 milhões de pessoas físicas inadimplentes, e a evolução do número de consumidores negativados e do número de endividados foi registrada através da base de dados que a empresa tem acesso.

Sobe em 44,73% o número de negativados por conta em atraso

Os principais motivos de negativação do nome são as contas em atraso, que cresceram 5,81%. Também elevou o tempo de inadimplência, de 91 dias a 1 ano, em 44,73%.

No ranking nacional de crescimento de negativação de nome por atraso em pagamento de contas estão:

  • São Paulo lidera o número de negativados, com mais de 15 milhões,
  • O Rio de Janeiro com 6,15 milhões
  • Minas Gerais, 5,9 milhões
  • Bahia 3,92 milhões
  • No Paraná 3,27 milhões aparecem entre os cinco mais inadimplentes.

A especialista em finanças, investimento e risco da (CNDL), Merula Kelly Borges, em entrevista, afirma que o Brasil está perto de atingir o número recorde de pessoas em inadimplência de 2018.

Há sete meses os dados vêm apontando crescimento na taxa de inadimplência e os números atuais estão próximos de ultrapassar o maior valor já registrado da história.

“Isso está diretamente relacionado com o alto nível de desemprego, economia estagnada, alta nos preços dos alimentos e outros itens básicos, esses fatores fazem com que as pessoas tenham que priorizar alguns pagamentos e deixar outros pendentes.” disse Merula.

Endividamento por faixa etária

A faixa etária mais atingida, segundo o levantamento da pesquisa, é entre 30 a 39 anos (24%) e com os percentuais entre os sexos de 50,82% para mulheres e 49,18% de homens.

O endividamento pode acontecer por diversos fatores, entre eles o mais comum é a falta de planejamento financeiro, o descontrole com o orçamento e a compra compulsiva. Mas nem tudo está perdido.

Existem diversos cursos que ensinam como iniciar um planejamento financeiro, organizar o orçamento e até mesmo como sair das dívidas.

Segundo a especialista, o público mais jovem costuma se endividar porque estão em um momento muito ativo economicamente, já as pessoas mais velhas em grande parte já quitaram suas dívidas.

“Geralmente essas pessoas [pessoas mais jovens] têm mais filhos e outras despesas… Então quando as pessoas estão economicamente ativas elas têm um risco muito maior de se endividar.”, explica Borges

Para Ricardo Humberto Rocha, professor do Insper e consultor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o registro de endividamento recorde no Brasil ocorre em um momento de baixa na atividade econômica.

A renda média dos trabalhadores chegou ao menor nível na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – que teve início em 2012 – fator que contribui diretamente com os números.

Outro fator é a corrosão do poder de compra afetado diretamente pela alta da inflação e que está sendo sentida na cesta básica há muitos meses.

Média de valores das dívidas em atraso

Até o mês de maio, quando o estudo foi levantado, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.564,82 na soma de todas as dívidas.

Os dados ainda mostram 35,14%, que corresponde a quase quatro em cada dez consumidores que tinham dívidas no valor de até R$ 500. O valor percentual chega a 50,32% quando se refere às dívidas de até R$ 1.000.

Conheças as contas que mais tiveram atraso negativando nome dos consumidores

De acordo com o levantamento, o maior crescimento de inadimplência ficou com o setor de bancos, que teve um crescimento de 20,16%, seguido de água e luz, com 7,01%.

Mas no caminho contrário estão o setor credor de comunicação e o comércio que registraram queda, respectivamente, de 10,11% e 4,70%.

Os bancos são os que registram a maior parte das dívidas e segundo pesquisa do Serasa eCred, causadas pelo uso do cartão de crédito.

Quase metade dos consumidores brasileiros, 47%, têm quatro cartões de crédito ou mais, 29% dos brasileiros têm 5 ou mais cartões de crédito; 18% têm 4 cartões de crédito; 23 % têm 3 cartões de crédito; 21% têm 2 cartões de crédito.

Faça uma simulação de juros simples!

Para Borges, o aumento do endividamento com bancos e cartões de crédito ocorre porque entre pagar contas de consumo que implicam no desenvolvimento da casa e outras despesas, o consumidor escolhe manter os benefícios para casa.

“Quando o consumidor precisa fazer uma escolha entre pagar a conta de luz ou de água, ele deixa de pagar o cartão de crédito, o banco e o financiamento, para pagar essas outras contas mais urgentes”, confirma a especialista.

Porém, é importante ressaltar que a dívida com cartão de crédito têm maiores taxas de juros e pode acabar virando uma bola de neve.

A compra parcelada também pode ajudar com prestações mais baixas, mas pode dificultar na organização da vida financeira e perder o controle dos gastos entrando em um endividamento inesperado.

LEIA TAMBÉM: Como negociar dívidas? Confira 11 dicas e aprenda na prática!


Escrito por Fabiana Camilo Jornalista

Líder de Conteúdo na Mobills; formada em Jornalismo pela Universidade Católica de Santos e Turismo pelo Instituto Federal de São Paulo; Pós-Graduada em Marketing Digital. Possui experiência na área de marketing e criação de conteúdo com ênfase em crédito pessoal, viagens, inbound marketing, indicadores de marketing, mídias sociais, e análise de SEO.

  • Jornalista;
  • Analista de SEO;
  • Especialista em crédito pessoal;
  • Especialista em planejamento de viagens.

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