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Ministro Moraes volta com aumento do IOF, mas sem risco sacado. Veja o que muda!

Artigo escrito por Isabela Matsura
em 17 de Julho de 2025 3 min de leitura

Nesta quarta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a volta do decreto de aumento da alíquota do Imposto de Operações Financeiras (IOF).

Entretanto, Moraes retirou a vigência do imposto sobre o risco sacado  — modelo de operação de crédito bastante usado por pequenas empresas para antecipar o fluxo de caixa de suas vendas.

De acordo com o ministro, “não houve desvio da finalidade” na mudança de alíquotas do IOF e na incidência do imposto sobre planos de previdência complementar (VGBLs).

Assim, Moraes aceitou os argumentos do Governo. Com isso, restabelece-se a decisão original do Governo e o decreto legislativo aprovado em junho deixa de ter validade.

Aumento do IOF: quais são as mudanças?

Com a decisão de Moraes de retornar o decreto que determina o aumento do IOF, voltam a valer os trechos do decreto original. Dessa maneira, as mudanças são:

  • Compras internacionais com cartão de crédito e débito: IOF sobe de 3,38% para 3,5%;
  • Compra de moeda em espécie e remessas ao exterior: passa de 1,1% para 3,5%;
  • Empréstimos a empresas: alíquota diária de IOF dobra, de 0,0041% para 0,0082%;
  • Seguros VGBL (voltados a pessoas de alta renda): de 0% para 5% de IOF;
  • Fundos de investimento em direitos creditórios: passam a ter cobrança de 0,38%.

Mas, não vai vigorar a cobrança de IOF sobre operações de risco sacado. Moraes entendeu que a medida criou uma nova base de tributação e ultrapassou os limites legais para decretos presidenciais:

“As equiparações normativas realizadas pelo decreto presidencial das operações de risco sacado com operações de crédito feriram o princípio da segurança jurídica, pois o próprio poder público sempre considerou tratar-se de coisas diversas”.

Vale ressaltar que o aumento do IOF tem efeito retroativo. Isto é, as operações realizadas desde o dia da derrubada do decreto, em 27 de junho, acabaram sendo taxadas.

Alívio fiscal para o Governo

A decisão do ministro Alexandre de Moraes de validar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), representa um alívio para as contas do Governo.

Especialmente para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai poder contar com cerca de R$ 40 bilhões para o Orçamento nos próximos dois anos.

Com o aumento do IOF, o Governo arrecadaria R$ 12 bilhões a mais em 2025 e R$ 32 bilhões em 2026. Sem o risco sacado, o valor é reduzido em R$ 450 milhões em 2025 e R$ 3,5 bilhões em 2026.

Mesmo assim, a Fazenda conseguiu segurar o cumprimento do arcabouço fiscal, ao menos em 2025.

Dessa forma, a equipe econômica pode postergar novos bloqueios e contingenciamentos do Orçamento no anúncio do próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP).


Escrito por Isabela Matsura Analista de Conteúdo

Analista de Conteúdo e bacharela em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade do Oeste Paulista. Apaixonada em ler e escrever, busco ajudar as pessoas a entender melhor o universo de finanças e cartões de crédito através da escrita.

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