Sobem em 40% os pagamentos com cartões de crédito no primeiro trimestre

Ainda que o crescimento do Pix como meio de pagamento preferido dos brasileiros esteja chamando atenção de empresários e consumidores, as compras com cartões de crédito não apresentaram redução, ao contrário.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a movimentação com pagamento de cartões cresceram 42,4% no primeiro trimestre de 2022 se comparado ao mesmo período do ano passado. 

Ao todo, foram movimentados R$ 478,5 bilhões em pagamentos nessa modalidade, enquanto os cartões de débito corresponderam quase metade desse montante, R$ 235,4 bilhões, um aumento de 15,2% em relação ao mesmo período em 2021.

Os pagamentos por aproximação também cresceram 455,9% nos primeiros três meses do ano, movimentando R$ 103,2 bilhões. O que para a Abecs é compreensível, já que a pandemia fez crescer a expansão do comércio eletrônico. 

Outros números expressivos apontados pela associação foram os números que se referem às compras online, que saltaram de 35,2% de janeiro a março em relação ao primeiro trimestre de 2021, totalizando R$ 162,4 bilhões.

Não podendo deixar de atribuir parte desta movimentação financeira aos cartões de crédito, que atingiram valores de R$ 157,9 bilhões no mesmo período. 

Aumento da Inadimplência dos cartões de crédito

Com o crescimento do uso dos cartões de crédito também aumenta a preocupação com a inadimplência e o resultado pode ser o endividamento das famílias.

Segundo o presidente da associação, Rogério Panca, o cenário econômico ruim está prejudicando a capacidade das famílias de manterem os seus pagamentos em dia. 

“Desemprego elevado, inflação alta, taxa de juros elevada, isso tudo acaba provocando uma corrosão da renda das famílias”, disse Panca. 

A inadimplência dos usuários de cartão de crédito vem crescendo nos últimos meses e chegou a 5,8% em fevereiro. 

Mesmo diante de um cenário preocupante, Panca ponderou que o patamar ainda está abaixo dos picos da série histórica de inadimplência no país.

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