Nesta terça-feira (28), foi aprovado o Projeto de Lei 1.249/22, que garante licença de até 2 dias consecutivos por mês para mulheres com sintomas graves associados ao fluxo menstrual.
Aprovado pela Câmara dos Deputados, o PL agora segue para análise do Senado. Além disso, os deputados também aprovaram projetos para a prevenção do câncer de mama.
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A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite que trabalhadoras se afastem, sem desconto salarial, por até 2 dias consecutivos por condições associadas ao período menstrual.
O afastamento remunerado valerá para mulheres com carteira assinada, empregadas domésticas e estagiárias – mediante laudo médico comprovando sintomas incapacitantes.
Assim, a licença menstrual deve beneficiar as mulheres que, durante o ciclo, enfrentam condições severas. Por exemplo, enxaqueca, cólicas e fraqueza que impeçam de realizar seu trabalho.
A aprovação foi classificada por parlamentares como um avanço histórico na consolidação dos direitos trabalhistas das mulheres. Segundo a deputada e relatora Jandira Feghali:
“Cerca de 15% das mulheres enfrentam sintomas graves, com fortes dores na região inferior do abdômen e cólicas intensas, que chegam, muitas vezes, a prejudicar a rotina”.
Mas, para o projeto virar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desse modo, caberá ao Poder Executivo definir o prazo de validade do laudo médico, a forma de apresentação e a periodicidade da renovação, considerando as atividades exercidas pela mulher.
A Câmara dos Deputados também aprovou projetos que determinam que o Sistema Único de Saúde (SUS) amplie a oferta de exames de mamografia para detecção de câncer de mama.
Junto com a licença menstrual, foram aprovados os projetos:
Os deputados também aprovaram e enviaram ao Senado uma proposta que define que o SUS deve adotar medidas para reduzir o tempo de espera de exames preventivos para o câncer de mama.