O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) abriu uma investigação para apurar se as políticas do governo brasileiro prejudicam o comércio americano, incluindo o Pix.
A medida, é feita a pedido do presidente Donald Trump e sob a seção 201 da Lei Comercial de 1974 dos EUA. Ela inclui consultas diplomáticas e uma audiência pública que será em setembro de 2025.
O relatório da investigação dos EUA contra o Brasil afirma que o Brasil tem práticas que distorcem a concorrência em serviços digitais.
Uma das críticas é a promoção do Pix como forma de pagamento preferencial. De acordo com os Estados Unidos, isso compromete a competitividade de empresas privadas internacionais do setor.
Para a gestão republicana, a preferência dada pelo Governo ao Pix é uma das práticas desleais que estaria prejudicando empresas e trabalhadores norte-americanos.
Hoje, as maiores empresas do mundo no setor de pagamentos são as americanas Visa e Mastercard. Dessa maneira, os EUA afirmam que o Pix prejudicam essas instituições.
Além do Pix, a investigação dos EUA contra o Brasil cobre outros 5 temas. Eles são: tarifas, propriedade intelectual, com citação direta à Rua 25 de Março, etanol, corrupção e desmatamento.
Confira, a seguir, o que está sendo investigado:
Fora isso, o relatório também critica o ambiente regulatório e jurídico brasileiro, apontando fragilidades na aplicação de leis anticorrupção e na governança institucional.
Com isso, a investigação dos EUA acusa o Brasil de manter práticas que comprometem a transferência de acordos com empresas multadas. Assim, prejudica a previsibilidade para investidores.
O USTR disse que vai verificar se essas práticas são irracionais, discriminatórias e se oneram ou restringem o comércio dos EUA. Para isso, já solicitou consultas diplomáticas com o governo brasileiro.
Dessa maneira, uma audiência pública sobre a investigação está marcada para 3 de setembro de 2025. Até 18 de agosto de 2025, empresas e entidades interessadas podem enviar comentários.