Nesta quinta-feira, 8, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, determinou o bloqueio de descontos de empréstimos consignados para os beneficiários.
Essa decisão é uma resposta emergencial diante no cenário atual, que revelou irregularidades e descontos ilegais no INSS. No entanto, os beneficiários podem fazer o desbloqueio.
A suspensão dos empréstimos atende à determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e uma decisão liminar no âmbito de uma ação civil pública. Para saber mais, continue lendo.
Diante da fraude no INSS recém-descoberta, o INSS determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimos consignados. Segundo o despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU):
“Determino o bloqueio dos benefícios para averbação de novos descontos de empréstimo consignado, para todos os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social, independente da data de concessão do benefício, podendo ser desbloqueado pelo segurado, de acordo com os serviços disponibilizados pelo IINSS para essa finalidade”.
Com isso, descontos no INSS só poderão ser realizados com autorização expressa e desbloqueio feito pelo beneficiário nos canais oficiais da instituição. Por exemplo, o telefone do INSS.
Além disso, em decisão unânime, o TCU decidiu manter a suspensão dos descontos de associações em aposentadorias e pensões. Os ministros negaram os recursos do INSS e de entidades associativas.
Há duas semanas, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram um esquema de fraude no INSS. no qual associações realizam descontos nos benefícios sem autorização.
As irregularidades incluíam a filiação forçada a associações e descontos automáticos nos pagamento, sem qualquer consentimento de aposentados e pensionistas do INSS.
Nesta segunda-feira (5), veio à tona a descoberta de empréstimos suspeitos dentro dos quase R$ 90 bilhões em consignados liberados apenas no ano de 2023.
A investigação aponta que as associações responsáveis pelos descontos ilegais fizeram pagamentos à empresas que operam consignados. Assim, há a suspeita de que agiam em conjunto.
Segundo estimativas, cerca de 4,1 milhão de beneficiários podem ter sido prejudicados, totalizando quase R$ 6,3 bilhões desviados. Para saber se você foi vítima, basta conferir no extrato do INSS.